segunda-feira, 29 de junho de 2009

Projeto que cria a Política de Resíduos Sólidos é aprovado

A Assembleia Legislativa do Espirito Santo (Ales) aprovou a Política Estadual de Resíduos Sólidos encaminhada pelo Governo do Estado na forma do Projeto de Lei nº 262/2009. Aprovada nas Comissões Permanentes, a matéria recebeu parecer favorável do Plenário na sessão ordinária na terça-feira passada (23).
Segundo o Governo, as primeiras iniciativas para definição de diretrizes para os resíduos sólidos no Estado datam de 2002, quando a Secretaria de Estado do Meio Ambiente elaborou o primeiro esboço. Desde então, o tema vem sendo debatido nos órgãos públicos afins, com a colaboração de entidades, empresas e técnicos voluntários.
A instituição de uma Política de Resíduos Sólidos visa a gestão integrada dos resíduos, controle e fiscalização, prevenção, incentivo à cooperação intermunicipal e à adoção de tecnologias limpas, fomento do consumo de materiais recicláveis, entre outros.


Para tanto, o Governo do Estado poderá estabelecer parcerias, inclusive com empresas privadas, incentivar a criação de mercados locais de materiais reaproveitáveis, apoiar a pesquisa para o desenvolvimento e adoção de novas tecnologias de reciclagem e diversas outras ações que visam alcançar os objetivos propostos.


Na mensagem que encaminha o projeto, o Governo destaca que a finalidade é a "redução, o reaproveitamento e o gerenciamento adequado dos resíduos sólidos; a prevenção e o controle da poluição; a proteção e a recuperação da qualidade do meio ambiente e a promoção da saúde pública".
Fonte: Extraído de: Assembléia Legislativa do Estado do Espirito Santo

domingo, 28 de junho de 2009

Nova indústria vai reciclar lixo produzido em Curitiba

Sistema substituirá aterro sanitário da Caximba.
Cerca de 2,4 mil toneladas
de lixo vão virar adubo e material energético.

Indústria vai transformar em adubo e material energético cerca de 2,4 mil toneladas de lixo. (Foto: Divulgação)

Uma nova indústria vai substituir o aterro sanitário da Caximba, em Curitiba, e passará a processar 100% do lixo produzido na cidade para reciclagem. De acordo com a prefeitura, o Sistema Integrado de Processamento e Aproveitamento de Resíduos (Sipar) será uma indústria em que a matéria-prima é o lixo.

Ainda segundo a prefeitura, a indústria vai reciclar e transformar em adubo e em material energético as cerca de 2,4 mil toneladas de lixo geradas diariamente pela população de Curitiba e de outros 15 municípios que hoje utilizam o aterro da Caximba. A prefeitura ainda estuda qual a melhor área para receber a indústria.


No novo sistema de reciclagem, lixo será depositado em local fechado (Foto: Divulgação)

A prefeitura afirma que a instalação da indústria seguirá critérios rigorosos de instalação, cuidados com o solo, com o ar e outros fatores de proteção que requerem tecnologias específicas. Todo esse cuidado será fiscalizado pelos órgãos ambientais competentes. No novo sistema, o lixo será depositado em local fechado.

EUA emprestam US$ 8 bi para produção de carros que consumam menos gasolina

O Departamento de Energia dos EUA anunciou que as montadoras Ford, Nissan e Tesla receberão empréstimos federais no valor total de quase US$ 8 bilhões para o desenvolvimento de tecnologias que reduzam o consumo de gasolina. O anúncio foi feito na terça-feira (23).

A Ford será a principal beneficiada pela medida, já que receberá US$ 5,9 bilhões para transformar fábricas nos estados americanos de Illinois, Kentucky, Michigan, Missouri e Ohio, nas quais produzirá 13 modelos de consumo reduzido.

A japonesa Nissan obterá US$ 1,6 bilhão para renovar a fábrica que tem no estado do Tennessee, a qual produzirá automóveis elétricos e baterias.

Carro elétrico da Tesla Motors, que é 100% não poluente

Já a Tesla, uma nova marca americana especializada na produção de veículos elétricos, receberá um empréstimo de US$ 465 milhões para produzir automóveis na Califórnia. Estes investimentos "criarão novos trabalhos, reduzirão a dependência do petróleo e limitarão as emissões dos gases que provocam o efeito estufa", disse o secretário de Energia americano, Steven Chu, por meio de um comunicado.

sábado, 27 de junho de 2009

Câmara dos EUA aprova projeto do governo que limita emissão de gases do efeito estufa

O presidente norte-americano, Barack Obama, teve uma importante vitória política na Câmara de Representantes do país nesta sexta-feira (26). Mesmo com pouco apoio dos deputados republicanos, um projeto de leis para diminuir a poluição das indústrias, responsabilizado pelo aquecimento global, foi aprovado.

A Câmara aprovou o projeto com 219 votos a favor e 212 contra. Apenas oito republicanos se juntaram ao projeto do governo democrata. A medida exige que empresas norte-americanas reduzam as emissões de poluentes como o dióxido de carbono em 17% até o ano de 2020 e em 83% em 2050. O Senado deve escrever sua própria versão da medida contra o aquecimento global, mas deve demorar até o início do próximo ano.
O presidente, que vê na lei também uma forma de aumentar a independência energética do país e estimula a economia em meio à crise econômica, elogiou a aprovação.
"Hoje, a Câmara de Representantes fez um ato histórico com a aprovação do Ato de Energia Limpa e Segurança", disse o presidente. "É um passo necessário e arrojado que mantém a promessa de criação de novas indústrias e milhões de novos postos de trabalho, reduzindo a nossa perigosa dependência em relação ao petróleo estrangeiro."
Depois de meses de negociações com os representantes dos Estados dependentes de carvão e petróleo, assim como com os legisladores de estados agrícolas produtores de etanol, líderes democratas haviam chegado a um acordo para a votação.

Obama já havia reiterado seu apelo ao Congresso para que aprovasse a nova lei. "A nação que liderar a criação da energia limpa será a que vai liderar a economia do século 21", disse durante entrevista à imprensa na terça-feira, Casa Branca.
Henry Waxman, presidente da Comissão de Energia e Comércio que dirigiu os debates sobre o projeto de lei junto com o colega Ed Markey, apresentou a última versão do texto de 11.200 páginas.

O plano busca a reduzir as emissões de CO2 criando empregos ecológicos e diminuindo a dependência de fontes de energia estrangeiras.
"Com este projeto de lei [...] vamos criar uma revolução de energia verde", disse Markey em entrevista à imprensa. "O mundo inteiro espera ver se o presidente Obama irá a Copenhague [na conferência da ONU sobre o clima, em dezembro] liderando a tentativa de redução de gases de efeito estufa e provocando, ao mesmo tempo, uma revolução com os empregos ecológicos", acrescentou Markey.
O encontro na Dinamarca tem o objetivo de estabelecer um consenso global sobre a redução das emissões de gases do efeito estufa. O atual acordo sobre o tema, o Protocolo de Kyoto, expira em 2012 e foi considerada ineficaz em grande parte porque ele não fez qualquer exigência às nações em desenvolvimento e porque os EUA. Se recusaram a assiná-lo.

O projeto prevê a criação de um sistema de mercado de direitos de emissões denominado "cap and trade". Neste sistema estes direitos serão vendidos ou concedidos gratuitamente para as indústrias mais vulneráveis (aço, vidro).
O objetivo é conseguir uma redução das emissões de gases de efeito estufa em 2020 no percentual de 17% em relação ao nível de 2005.

Além disso, os provedores americanos de eletricidade deverão obter 15% de sua produção de energia de fontes renováveis (eólica, solar, geotérmica) em 2020. Esta cifra será combinada com uma exigência para estes mesmos provedores de realizar 5% de economia anual através de medidas de eficácia energética.
Mas os republicanos da Câmara e alguns democratas de centro se opõem ao "cap and trade" temendo que provoque um aumento dos custos da energia.
Segundo uma análise da Agência de Meio Ambiente dos Estados Unidos (EPA) divulgado nesta semana, a execução do projeto de lei custará de US$ 80 a US$ 111 por ano aos lares americanos. Para a Comissão de Orçamento do Congresso (CBO), este custo será de US$ 175 anuais.
Estas cifras relativamente modestas contradizem com as estimadas pelos republicanos, que se referiram a US$ 3.100 anuais citando um "estudo independente" do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
Segundo pesquisa do Washington Post-ABC publicado nesta quinta-feira, 75% dos americanos acreditam que o Estado federal deva regulamentar as emissões de gases de efeito estufa. Mas só 52% apoiam a ideia de um mercado de direitos de emissões.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Consumir menos e conscientemente!

CONSUMIR MENOS E CONSCIENTEMENTE ...


"Se quisermos ter menos lixo, precisamos rever nosso paradigma de felicidade humana. Ter menos lixo significa ter......mais qualidade, menos quantidade;mais cultura, menos símbolos de status; mais tempo para as crianças, menos dinheiro trocado, mais animação, menos tecnologia de diversão, mais carinho, menos presente..."
Gerard Gilnreiner

Uma política econômica "VERDE" cria empregos. Alain Lipietz diz em entrevista

Alain Lipietz, deputado europeu,
acredita que a crise mundial tem claramente
raízes ecológicas

O economista e deputado europeu Alain Lipietz tem a causa ambiental como a principal motivação de suas atividades. Ele concedeu por e-mail, à IHU On-Line, a entrevista que segue. A tese central defendida por Lipietz é a de que, quanto mais um país investe na qualificação da sua mão-de-obra, mais preocupação ambiental ele demonstra. Em outras palavras, “os países desenvolvidos mais poluentes são também os países de enfraquecimento relativo da qualificação do trabalho, enquanto que os países que investem mais na pesquisa e na educação de sua mão-de-obra são também relativamente os menos poluentes”. Esta constatação empírica, explica, “sustenta a regra geral admitida pelos economistas de uma substituição possível entre o fator trabalho e o fator meio ambiente”.

Para o economista francês, membro do Partido Verde na França, um recomeço “verde” como alternativa para a crise internacional proporciona a criação de empregos, além do “isolamento das habitações, do desenvolvimento das redes de transporte em comum, da produção de energia renovável descentralizada, e da reorientação para a agricultura alimentícia biológica”. Ele defende como muito provável que “uma solução verde para a crise favoreça os países que investirão mais nas técnicas intensivas de trabalho e, particularmente, os países emergentes, que devem amplamente inventar sua indústria ao invés de reconverter uma antiga”. E aposta que a Ásia e, talvez, a América Latina serão, provavelmente, “os continentes que se sairão melhor no jogo”. Lipietz alerta, no entanto, para o fato de que “o crescimento extremamente rápido dos países emergentes (Índia, China e Brasil) revelou-se desastroso para a crise do clima, pois estes países não estavam, mais do que os Estados Unidos, inscritos no Protocolo de Kyoto. É absolutamente vital que eles se inscrevam no protocolo pós-Kyoto”.
Alain Lipietz é autor de, entre outros livros, Green Hopes. The Future of Political Ecology (Cambridge: Polity, 1995), Refonder l’espérance. Leçons de la majorité plurielle (Paris: Cahiers libres, 2003) e Face à la crise: la révolution verte (Paris: Textuel, 2009). Seu site pessoal é http://lipietz.net/.
Confira a entrevista.

IHU On-Line – O que deveria fazer parte de um engajamento civil para a realização de uma efetiva política ecológica? Como a crise financeira, ecológica e o problema do desemprego podem contribuir para isso?
Alain Lipietz – Uma política ecológica efetiva atinge, de certa forma, todos os aspectos do modelo de desenvolvimento: produção de alimento, de energia, de transporte, de habitação. Acontece que a crise mundial, que estourou em 2007/2008, tem claramente raízes ecológicas (aumento do preço dos bens de base: energia e alimentação), que repercutem, em seguida, em uma crise social (empobrecimento relativo dos assalariados no contexto da globalização), e em uma crise financeira (não pagamento dos financiamentos habitacionais). Diante de tal tipo de crise, é preciso, ao mesmo tempo, uma recuperação do tipo rooseveltiana ou keynesiana (pelos trabalhos públicos e a redistribuição de rendas), que seja orientada, desta vez, por ser ecologicamente sustentável (economizando a energia, redistribuindo o espaço agrícola útil para as produções alimentares etc.). Todas as teorias econômicas mostram que as técnicas menos intensivas e muito poupadoras dos recursos naturais exigem mais da atividade humana. Um recomeço “verde” é, então, particularmente criador de emprego: promove o isolamento das habitações, o desenvolvimento das redes de transporte em comum, a produção de energia renovável descentralizada, e a reorientação para a agricultura biológica.
IHU On-Line – Quais suas maiores preocupações enquanto um “economista verde”, principalmente quando o assunto é o desemprego e o mundo do trabalho?
Alain Lipietz – Não basta dizer que, em geral, uma recuperação da atividade verde é mais rica em emprego do que uma política de recuperação clássica. É preciso calcular que ela se choca em várias dificuldades particulares. A primeira é que se trata de uma conversão de nosso modelo de produção e de desenvolvimento. A questão da formação profissional irá desempenhar aí um papel primordial, pois as qualificações necessárias não são as herdadas de um modelo em crise. A questão do financiamento desempenha igualmente um papel crucial, mesmo se o custo de uma reconversão verde é infinitamente menor que o custo da continuação de um modelo produtivista (em termos de destruição da biodiversidade, de mudança climática etc.). A maior parte dos laboratórios de uma reconversão verde são efetivamente investimentos públicos e não consumos privados. É preciso, então, prever profundas reformas fiscais. Enfim, técnicas de uma revolução verde implicam, em geral, em uma maior qualificação da mão-de-obra e principalmente no trabalho manual (na agricultura, na construção civil, nos transportes etc.). É preciso, então, prever uma forte revalorização dos estatutos, dos salários e do prestígio dos trabalhadores manuais.
IHU On-Line – A partir da crise financeira internacional e da falta de empregos em escala mundial, qual é hoje o espaço do capital na vida das pessoas?
Alain Lipietz – A crise internacional está apenas começando. A crise financeira foi somente seu ponto de aceleração na segunda metade de 2008, mas é preciso sempre lembrar que a crise é primeiramente social e ecológica. É muito provável que uma solução verde para a crise favoreça os países que investirão mais nas técnicas intensivas de trabalho e, particularmente, os países emergentes, que devem amplamente inventar sua indústria ao invés de reconverter a antiga. A Ásia, e, talvez, a América Latina (se ela souber se unir e se dotar de uma política orçamentária audaciosa) serão, então, provavelmente, os continentes que se sairão melhor no jogo. Ao final da crise, estaremos ainda no capitalismo, ou seja, em um sistema de relações sociais fundadas no salário e na troca comercial, mas o peso dos serviços públicos será, sem dúvida, mais forte, assim como o setor terciário da economia social e solidária (associações, cooperativas).
IHU On-Line – No chamado “mundo pós-fordista”, como se caracterizam as relações de trabalho, a hierarquia internacional e a ecologia global?
Alain Lipietz – Se chamarmos de pós-fordista aquele que sucede a crise fordista, no final dos anos 1970, então este se subdivide claramente em diversas variantes. Por um lado, certos países procuraram a competitividade nos baixos salários e a flexibilidade das relações salariais: no norte, os Estados Unidos, o Reino Unido, a França ou a Espanha; no sul, os países da América Latina, a Tailândia, a maior parte da China e da Índia. Mas outros países deram, ao contrário, a cartada da qualificação do trabalho: a Escandinávia, a Alemanha, os quatro primeiros dragões asiáticos e uma parte da China e da Índia. É a primeira tendência que predominou no período neoliberal (1980-2008), mas os países que deram a cartada da qualificação serão provavelmente os vencedores na saída da crise atual. Do ponto de vista ecológico, a variante mais liberal do pós-fordismo foi a mais perigosa. Ao contrário, os países como a Escandinávia, que apostaram mais na qualificação do trabalho, se revelaram mais eficazes que os outros na proteção do meio ambiente. Globalmente, o crescimento extremamente rápido dos países emergentes (Índia, China e Brasil) revelou-se desastroso para a crise do clima, pois estes países não estavam, assim como os Estados Unidos, inscritos no Protocolo de Kyoto. É absolutamente vital que eles se inscrevam no protocolo pós-Kyoto.
IHU On-Line – Como o senhor analisa a coexistência de países com diferentes regimes de trabalho integrados nos blocos continentais? Isso melhora ou piora a partir da crise internacional?
Alain Lipietz – A coexistência de várias formas de relação salarial sempre existiu. Na primeira divisão internacional do trabalho, as formas mais antigas (quase servil) eram reservadas às atividades primárias (mina, agricultura) da “periferia” continental e mundial. Com a segunda divisão internacional do trabalho, a partir dos anos 1960, as tarefas menos qualificadas do fordismo começaram a se difundir em direção aos Estados Unidos, à periferia da Europa, depois ao Terceiro Mundo, na Ásia e na América Latina. A crise atual provavelmente irá favorecer uma terceira divisão internacional entre os países, dando a cartada da qualificação do trabalho, e os países dando globalmente a cartada dos baixos salários e da flexibilidade. Estes serão uma periferia dos primeiros.
IHU On-Line – Que relação o senhor estabelece entre os sistemas da relação trabalho-capital e as atitudes na direção da crise ecológica global?
Alain Lipietz – Como eu já havia mostrado nos anos 1990 em dois relatórios para a ONU, um sobre “as relações capital-trabalho no limiar do século XXI”, e um outro estudo sobre sobre a ECO-92, em 1992, sobre o meio ambiente e o desenvolvimento, há uma certa concordância entre a escolha do trabalho qualificado e a escolha de técnicas poupadoras dos recursos naturais, então mais ecológicas. É um fato empírico: os países desenvolvidos mais poluentes são também os países de enfraquecimento relativo da qualificação do trabalho, como os Estados Unidos ou o Brasil, enquanto que os países que investem mais na pesquisa e na educação de sua mão-de-obra são também relativamente os menos poluentes (a Escandinávia no norte, a Coréia e Taiwan no sul). Esta constatação empírica sustenta a regra geral admitida pelos economistas (de Adam Smith a Cobb-Douglas ) de uma substituição possível entre o fator trabalho e o fator meio ambiente. Se isto é verdade, as economias “industriosas” (fundadas no trabalho qualificado) serão também as menos poluentes.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

"ASSUMAM A COLETA DE LIXO" este foi o pedido do Governador Requião aos prefeitos, para acabar com a corrupção nas concessões

Requião em palanque na frente da prefeitura de Pontal/PR

O governador Roberto Requião sugeriu que as prefeituras do Litoral assumam a coleta de lixo para acabar com a corrupção nas concessões. A afirmação foi feita durante a entrega de 12 ônibus escolares para Pontal do Paraná, Matinhos e Guaratuba, num palanque improvisado na frente da prefeitura de Pontal.

Requião pediu que os prefeitos usem os recursos que pagam às empresas de coleta de lixo na compra de equipamentos para que as prefeituras assumam o serviço.

“Nós estamos nas mãos destas empresas de coleta de lixo, que cobram verdadeiras fortunas para fazer a limpeza das ruas. Os milhões que nós gastamos o ano passado com estas empresas será investido em equipamentos. A ideia foi muito bem aceita aqui no Litoral. Vamos acabar com esta corrupção. Não seremos mais pressionados por empresas que querem ganhar o que não devem”, afirmou Requião.
Fonte: Jornal Correio do Litoral

Inconstitucionalidade da Medida Provisória - 458/2009

Às vésperas da possível sanção por Lula, o Ministério Público Federal distribui no dia 24, ontem, uma nota onde afirma que a Medida Provisória 458/2009, batizada por ambientalistas como MP da Grilagem, tem ao menos nove pontos que batem de frente com a Constituição Federal. O texto foi aprovado no dia 3 de junho pelo Congresso e o prazo para sanção se esgota hoje (25).
A nota explica em nova pontos (veja abaixo) porque a nova lei "atenta contra a política nacional de reforma agrária, contra a legislação de licitações e prejudica a proteção a populações tradicionais, povos indígenas, quilombolas e também posseiros pobres que foram atraídos para a Amazônia por estímulo governamental". Tudo isso para regularizar inclusive ocupantes ilegais de terras públicas.
Há quinze dias, 37 procuradores da República na Amazônia assinaram um documento onde demonstravam sua preocupação com as consequências sociais da nova legislação.
Ministério Público
NOTA
  1. Atribuição de terras públicas a ocupantes originariamente ilegais. O aproveitamento da omissão do Estado contraria o parágrafo único do artigo 191, que proíbe a aquisição de imóveis públicos por usucapião.
  2. Dispensa de licitação para aquisição de áreas com até 1,5 mil hectares. Fere o inciso XXI do artigo 37, pelo qual alienações devem ser contratadas mediante processo de licitação pública, obedecendo-se os princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Também contraria a Lei de Licitações e Contratos Administrativos, que permite a dispensa para área de até 500 hectares. Pelo texto da MP, seria permitido que o ocupante ilegal fosse beneficiado, com preferência. Mas a única circunstância que o difere de demais interessados na terra seria sua ocupação primitiva, seu pioneirismo na ilegalidade.
  3. Beneficiados poderão negociar terras depois de três anos. Segundo o artigo 189 da Constituição,o prazo mínimo é de 10 anos, para evitar que a ocupação do imóvel rural seja mero objeto de especulação.O objetivo constitucional é que a terra sirva como meio de produção e promova o avanço social.
  4. Inexistência de menção sobre o processo para identificação de áreas quilombolas, indígenas e ribeirinhas tradicionais. Desta forma, a MP aumenta a possibilidade de conflitos em razão da titulação indevida destes locais, alterando e comprometendo atributos que garantem a integridade do bioma amazônico, o que é expressamente vedado pela Constituição.
  5. Vedação do acesso gratuito a determinados agentes públicos. A medida não permite que sejam regularizadas situações em que o ocupante, seu cônjuge ou companheiro exerçam cargo ou emprego público no Incra, no Ministério do Desenvolvimento Agrário, na Secretaria do Patrimônio da União do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão ou nos órgãos estaduais de terras. Ao abrir espaço para que ministros, secretários de Estado, governadores, prefeitos, senadores, deputados federais e estaduais, vereadores, membros do Poder Judiciário e do Ministério Público possam ter áreas de até 1,5 mil hectares regularizadas, a MP possibilita condutas incompatíveis com ocupantes de cargos públicos, o que afronta os princípios da moralidade administrativa e impessoalidade defendidos pelo artigo 37.
  6. Despojamento de bens vinculados à terra. Em média, cada hectare de terra na Amazônia Legal tem um volume aproximado de 30 a 40 metros cúbicos de madeira, o que, em uma área de 1,5 mil hectares, equivaleria a possibilidade direta de exploração de 60 mil metros cúbicos de madeira. Fere o artigo 5 da Constituição, com base no princípio da igualdade. A MP permite que parcela do patrimônio brasileiro seja transferida para terceiros sem que seja dada a mesma possibilidade a outras pessoas supostamente interessadas.
  7. Concentração de terras. A Constituição determina a destinação das terras públicas federais, preferencialmente, para o desenvolvimento da política agrícola e para propiciar uma melhor distribuição de terras por meio do plano nacional de reforma agrária. O texto da MP, contudo, possibilita a concessão de imóveis para pessoas físicas que já possuam outras propriedades, bem como para pessoas jurídicas, promovendo concentração fundiária. Para se ter uma ideia, a média de ocupação territorial humana em lotes de assentamentos rurais na Amazônia não ultrapassa os 50 hectares. Uma das razões é justamente a incapacidade isolada de operação familiar em extensões superiores ao apontado. A medida, ao ampliar esse número em até 1,5 mil hectares, evidencia a entrega do patrimônio da União a empreendimentos com primazia econômica. Além disso, a alienação de terras em si é contraditória, já que são recorrentes as ações de desapropriação para fins de reforma agrária. Futuramente, o governo precisará pagar por essas áreas caso queira reavê-las.
  8. Ausência de vistoria nas áreas de até quatro módulos fiscais. Pode redundar na inconstitucional remoção das populações quilombolas, indígenas e ribeirinhas tradicionais das áreas por eles ocupadas. Além disso, o texto da MP alarga a possibilidade da utilização de "laranjas" para a regularização de terras, já que a comprovação de ocupação anterior a 2004 é feita apenas mediante declaração.
  9. Degradação ambiental. A MP exige como condição para que terras sejam regularizadas o mero compromisso de recuperação das áreas degradadas. O artigo 225 da Constituição exige a recuperaçãoefetiva.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Risco de Mudanças irreversíveis no clima da Terra

Risco de Mudanças irreversíveis no clima da Terra


Um relatório publicado dia 18 deste mês por um grupo de 12 cientistas do IPCC alerta para risco de mudanças abruptas e irreversíveis no clima da Terra se não forem dados passos rápidos e eficazes para diminuir drasticamente as emissões de gases com efeito de estufa. A publicação do relatório surge a poucos meses de negociações decisivas em Copenhague.

A seis meses da conferência do clima, em Copenhague, onde 180 países terão de definir as medidas que a partir de 2012 vão permitir reduzir as emissões de gases do efeito de estufa, um grupo cientistas do clima publicou um relatório que alerta para "um risco acrescido de mudanças climáticas irreversíveis", se não houver uma reação rápida e adequada.

A conferência, que se realiza em Dezembro sob os auspícios da ONU, deverá dar seguimento aos compromissos dos países industrializados no âmbito do Protocolo de Quioto, cuja vigência termina em 2012. O documento publicado foi elaborado por um grupo de 12 cientistas, dos cerca de dois mil do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC), com base nas conclusões de uma reunião em que estes fizeram o ponto da situação das alterações climáticas.

De acordo com os dados ali avançados, os vários parâmetros climáticos estão evoluindo "perto do limite mais alto" das projecções publicadas pelo IPCC no seu relatório de 2007. No caso da temperatura, por exemplo, o painel traçou uma estimativa de um aumento global entre os dois graus Celsius, no mínimo, e os seis graus no máximo, para as últimas décadas do século. É preciso dizer que os dois graus, de acordo com o IPCC, são o máximo que a temperatura global pode aumentar sem que ocorram disrupções graves no sistema climático da Terra. Isso produziria catástrofes ambientais em vários pontos do planeta.

O desaparecimento de grandes volumes de gelo no Ártico, a subida do nível do mar e a sua acidificação já são alguns dos sinais da mudança em curso.

No relatório, que foi coordenado pela investigadora Katherine Richardson, afirma-se que uma das alterações mais espectaculares que ocorreu desde a publicação do último relatório do IPCC, em 2007, foi o degelo no Ártico, que em 2007 atingiu um novo recorde absoluto.

Os cientistas recomendam uma redução de 25 a 40 por cento de emissões de gases com efeito de estufa entre 2012 e 2020, para que o aumento da temperatura global, no final do século não ultrapasse os tais dois graus Celsius. Mas os valores neste momento em cima da mesa, para negociação em Copenhague, em Dezembro, não ultrapassam os 8 a 14 por cento de redução. Não chega, dizem os peritos.
Fonte: Diário de Notícias

terça-feira, 23 de junho de 2009

Proposta institui o Código Ambiental Brasileiro

Projeto prevê compensação para produtores que preservam o meio ambiente e transfere para os estados a decisão sobre as áreas de reserva legal.


Tramita na Câmara o Projeto de Lei 5367/09, do deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), que institui o Código Ambiental Brasileiro. Um dos principais pontos da proposta é a previsão de compensação financeira para os produtores rurais que preservam a natureza. Se aprovado, o novo código substituirá o atual Código Florestal (Lei 4.771/65) e revogará outras leis da área ambiental.
Valdir Colatto:
projeto valoriza os serviços florestais
prestados por produtores rurais.

A proposta determina a compensação financeira de proprietários de áreas ambientalmente importantes ou no caso de limitação de exploração econômica do local. Esses proprietários contarão com créditos especiais, recursos, deduções, isenções parciais de impostos, tarifas diferenciadas, prêmios e financiamentos, entre outros benefícios. Os recursos para financiar essa "remuneração por serviços ambientais" virão do Orçamento e do Fundo Nacional do Meio Ambiente.

Os municípios que promoverem ações de proteção ambiental também serão compensados financeiramente.
Valdir Colatto critica o fato de, atualmente, não haver no Brasil uma política de valorização por serviços florestais prestados por produtores. "O Código Florestal vigente pune os produtores que não recuperarem áreas utilizadas muito tempo antes de a legislação ambiental existir no Brasil. A nossa legislação criminaliza o produtor", avalia.

O deputado lembra ainda que, nos Estados Unidos, os programas de apoio à conservação ambiental representam parcela significativa da renda dos produtores norte-americanos. Além da compensação pela perda de renda com a terra que não pode ser utilizada pela agricultura, os produtores são ressarcidos pelo custo da implantação de cobertura vegetal para proteger áreas sensíveis.

Tramitação
A proposta de Código Ambiental Brasileiro será analisada pelas comissões técnicas da Câmara. O projeto foi elaborado com o apoio de 46 deputados, que constam como co-autores.
Íntegra da proposta:
Fonte: (Reprodução autorizada 'Agência Câmara')

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Café da Manhã - Politica Nacional de Resíduos Sólidos


O Café da Manhã da Frente Parlamentar Ambientalista, realizado na quarta feira dia 17 de junho, teve como tema a Política Nacional de Resíduos Sólidos e contou com a participação do Deputado Arnaldo Jardim, com o Presidente do CEMPRE (Compromisso Empresarial para a Reciclagem) – André Vilhena e com o representante do Ministério do Meio Ambiente Sr. Vicente Andreu Grillo.
Na abertura do trabalho o Deputado Sarney Filho, alertou os presentes sobre o retrocesso que representa a proposta do PL 5367, apresentado pela Frente Parlamentar Ruralista, conhecido como o Código Ambiental Brasileiro: "Em suma esta proposta é um retrocesso absoluto na legislação ambiental. Merece o nosso reparo e o engajamento da sociedade civil, o projeto de lei é muito ruim e está na contra mão da história."
Os trabalhos e atividades da manhã foram presididos pelo Deputado Arnaldo Jardim, coordenador do Grupo de Trabalho de Resíduos Sólidos da Frente Ambientalista.
O Deputado apresentou em sua palestra uma proposta de substitutivo ao PL 203/1991, da Política Nacional de Resíduos Sólidos e abordou temas como poluidor pagador, logística reversa e incentivos fiscais e tributários.
A proposta de substitutivo do PL 203/1991, tem por linhas e princípios gerais a valorização do ciclo de vida do produto, a coleta seletiva, a educação ambiental e um sistema legal que possibilita a atuação de forma complementar e integrada com a Política Nacional de Saneamento Básico. O Deputado salientou ainda a importância de estimular um Sistema de declaração anual de resíduos e o Inventário de Resíduos das empresas geradoras, para que possa haver um efetivo acompanhamento e a fiscalização da destinação final dos resíduos.
O representante do Ministério do Meio Ambiente, em nome do Ministro, cumprimentou a todos os presentes com saudações ecológicas e libertárias e salientou a importância de medidas ministeriais de estimulo a produção de energia eólica e fotovoltaica no Brasil. Informou também que o Ministério do Meio Ambiente tem realizado medidas, como a assinatura da Carta dos Ventos e a realização de leilões eólicos com lotes de até 1.000 megawatts. O outro tema abordado pelo representante foi o conceito de gerador de resíduos compreendendo todo o ciclo da cadeia produtiva. Por fim o assessor destacou a necessidade de medidas fiscais e tributárias que incentivem a importação e a exportação de materiais recicláveis, uma dessas medidas seria a redução do IPI.
André Vilhena, do CEMPRE - Compromisso Empresarial para a Reciclagem, destacou em sua palestra a importância da realização de acordos setoriais e que estes acordos sejam firmados em bases reais, evitando o prevalecimento do Mercado Cinza (Informal) de Resíduos Sólidos. Destacou ainda que a inclusão de produtos como eletrônicos, lâmpadas fluorescentes e resíduos da construção civil representarão um desafio para a questão da logística reversa, que no projeto atual contempla somente embalagens de agrotóxicos, pilhas, baterias, pneus e óleos lubrificantes. Outro importante destaque foi para o princípio do Protetor Recebedor, que premiaria os segmentos empresariais e produtivos efetivamente Ecoeficientes. O CEMPRE montou na Câmara a exposição "Reciclagem - ontem, hoje e sempre" reunindo 30 painéis de fotos ilustrando os principais processos e agentes da reciclagem, desde seu início no Brasil até hoje. A exposição ficou aberta ao público até o dia 16 de junho.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

PNRS - Política Nacional de Resíduos Sólidos terá parecer de relator na Câmara Federal


O deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP), relator do Projeto de Lei 1991/07, que cria a Política Nacional de Resíduos Sólidos, apresentou nesta terça-feira (16/06) seu parecer sobre a proposta. Jardim coordena o grupo de trabalho criado em junho para analisar a matéria antes da votação em Plenário. Um ponto discutido pelo grupo foi “logística reversa”m que prevê a criação, por fabricantes, importadores ou comerciantes, de condições para o retorno de produtos e embalagens pelo consumidor, para reutilização ou reciclagem. A versão preliminar do relatório indica que deverão implementar o sistema de retorno os ramos de agrotóxicos; pilhas e baterias; lâmpadas fluorescentes, pneus; e produtos eletrônicos. As indústrias alegam que a política de resíduos não pode criar obrigações que inviabilizem atividades econômicas. Arnaldo Jardim lembra, no entanto, que o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) já impõe obrigações a esses setores. “A nossa intenção não é fazer um texto que seja um conjunto de normas específicas; serão princípios gerais, mas precisaremos ter um indicativo de que eles serão incorporados ao espírito da lei”, explica. Desde 1991, tramita na Câmara um projeto do Senado (o PL 203/91) sobre a política de resíduos. Em 2006, a comissão especial sobre o assunto chegou a aprovar um relatório e deixou o texto pronto para votação em Plenário. Como no ano passado o governo federal encaminhou ao Congresso a nova proposta, o tema passou a ser reexaminado pelos deputados em um grupo de trabalho. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, em 2000 cerca de 60% dos resíduos coletados no Brasil foram depositados inadequadamente em lixões; 17% em aterros controlados; e 13% em aterros sanitários.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Lixão - Aterro Incompleto (Controlado) - Aterro Sanitário - Você sabe a diferença?

Caros amigos e amigas, depois de tantos pedidos irei colocar no BLOG a diferença entre lixão, aterro controlado (INCOMPLETO) e o aterro sanitário. Este é um assunto importante, pois na cidade de Rio Grande foi construido um aterro sanitário mas ainda não conseguiu evoluir, ou seja não está sendo operado e assim poderemos fiscalizar onde são depositados os resíduos de nosso municipio.

Vamos ao assunto e durante a semana irei colocar dados, meus trabalhos, referente ao tema "Resíduos Sólidos".

Você sabe a diferença entre LIXÃO, ATERRO CONTROLADO (INCOMPLETO) e ATERRO SANITÁRIO ?

Um LIXÃO é uma área de disposição final de resíduos sólidos sem nenhuma preparação anterior do solo. Não tem nenhum sistema de tratamento de efluentes líquidos - o chorume (líquido preto que escorre do lixo). Este penetra pela terra levando substancias contaminantes para o solo e para o lençol freático. Moscas, pássaros e ratos convivem com o lixo livremente no lixão a céu aberto, e pior ainda, crianças, adolescentes e adultos catam comida e materiais recicláveis para vender. No lixão o lixo fica exposto sem nenhum procedimento que evite as conseqüências ambientais e sociais negativas.

Já o ATERRO INCOMPLETO ou CONTROLADO é uma fase intermediária entre o lixão e o aterro sanitário. Normalmente é uma célula adjacente ao lixão que foi remediado, ou seja, que recebeu cobertura de argila, e grama (idealmente selado com manta impermeável para proteger a pilha da água de chuva) e captação de chorume e gás. Esta célula adjacente é preparada para receber resíduos com uma impermeabilização com manta e tem uma operação que procura dar conta dos impactos negativos tais como a cobertura diária da pilha de lixo com terra ou outro material disponível como forração ou saibro. Tem também recirculação do chorume que é coletado e levado para cima da pilha de lixo, diminuindo a sua absorção pela terra ou eventuamente outro tipo de tratamento para o chorume como uma estação de tratamento para este efluente.

Mas a disposição adequada dos resíduos sólidos urbanos é o ATERRO SANITÁRIO que antes de iniciar a disposição do lixo teve o terreno preparado previamente com o nivelamento de terra e com o selamento da base com argila e mantas de PVC, esta extremamente resistente. Desta forma, com essa impermeabilização do solo, o lençol freático não será contaminado pelo chorume. Este é coletado através de drenos de PEAD, encaminhados para o poço de acumulação de onde, nos seis primeiros meses de operação é recirculado sobre a massa de lixo aterrada. Depois desses seis meses, quando a vazão e os parâmetros já são adequados para tratamento, o chorume acumulado será encaminhado para a estação de tratamento de efluentes. A operação do aterro sanitário, assim como a do aterro controlado prevê a cobertura diária do lixo, não ocorrendo a proliferação de vetores, mau cheiro e poluição visual.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Agência Ambiental Europeia exorta Governos a aumentarem a reciclagem


O Presidente da Agência Ambiental Europeia, Lord Chris Smith exortou os Governos a darem o exemplo e reduzirem a sua pegada ambiental. Os governos devem utilizar o seu poder de compra para impulsionar mercados de produtos sustentáveis e reduzirem os resíduos.
Falando na Conferência Futuresource (9 de Junho) na London Excel Arena, o Senhor Smith destacou a forma como o setor público tem o poder de conduzir a evolução do mercado anual de reciclaveis, a Inglaterra pode conduzir o gasto anual em torno de £ 150 bilhões e 40% da economia britânica.

Ele disse que o poder do governo para conduzir as tendências do mercado imobiliário é imenso e seu poder de compra poderia proporcionar os incentivos economicos necessários para geral melhorias reais para a sustentabilidade dos produtos e serviços.

Lord Smith disse que a AE já estava comprando produtos reciclados, que podem voltar a ser reciclado no final da sua vida. Todos os seus equipamentos IT são reciclados e destinam-se a fonte, pelo menos, 75% de todos os agregados utilizados em grandes obras são de fontes sustentáveis.

Ele também disse que a redução da pegada ambiental dos setores públicos são também uma questão de melhorar todos os aspectos internos de gestão ambiental, isto quer dizer que inclui a gestão responsável dos resíduos que são produzidos.

Em abril, o Serviço de Auditoria Nacional informou que muitos departamentos do Governo Britânico não possuem dados sobre os resíduos, reciclagem e consumo sustentável. Os números mostram que, em 2007/2008, o Ministério da Defesa produziu 278.000 toneladas de resíduos, enquanto que, o Departamento de Trabalho e Pensões só produziu 21.000 toneladas de resíduos.

Lord Smith disse que a contratação de fornecedores para desenvolverem serviços e produtos ao Governo não possuem ainda cláusulas nos contratos terceirizados e que isto não é uma pratica comum em toda a Whitehall - mas que AE têm conseguido com o presente um série de áreas, incluindo a aquisição de uma nova sede, e que gostaria decompartilhar as oportunidades e experiências com os outros.

Os Governos (Federal, Estadual e Municipal) e seus setores públicos (Ministérios, Secretárias Estaduais e Municipais) devem fazerem a sua parte para depois cobrarem dos setores privados, pois eles, os governos são os responsáveis pela elaboração das leis e normas.

terça-feira, 9 de junho de 2009

UM FUTURO SEM HISTÓRIAS...

Depois de usar o Mar e os Oceanos para refletir, ponderar e até usar um poema como forma de gratidão aos lindos momentos vividos junto ao mar; e passar a idéia aos leitores sobre a importância de olhar o Mar como um amigo, conselheiro, fonte de recursos naturais e de vida, resolvi colocar uma mensagem que recebi por e-mail e acredito que muitos já devem ter passado os olhos nestas imagens e até ouvido alguém falar.

Então vamos lá degustar um novo post e saborear as delicias dos Oceanos. Boa leitura.

Durabilidade, estabilidade e resistência a desintegração. As propriedades que fazem do plástico um dos produtos com maiores aplicações e utilidades ao consumidor final, também o tornam um dos maiores vilões ambientais. São produzidos anualmente cerca de 100 milhões de toneladas de plástico e cerca de 10% deste total acabam nos oceanos, sendo que 80% desta fração vem de terra firme.

No oceano pacífico há uma enorme camada flutuante de plástico, que já é considerada a maior concentração de lixo do mundo, com cerca de 1000 km de extensão, vai da costa da Califórnia, atravessa o Havaí e chega a meio caminho do Japão e atinge uma profundidade de mais ou menos 10 metros . Acredita-se que haja neste vórtex de lixo cerca de 100 milhões de toneladas de plásticos de todos os tipos.Pedaços de redes, garrafas, tampas, bolas , bonecas, patos de borracha, tênis, isqueiros, sacolas plásticas, caiaques, malas e todo exemplar possível de ser feito com plástico. Segundo seus descobridores, a mancha de lixo, ou sopa plástica tem quase duas vezes o tamanho dos Estados Unidos.

O oceanógrafo Curtis Ebbesmeyer, que pesquisa esta mancha há 15 anos compara este vórtex a uma entidade viva, um grande animal se movimentando livremente pelo pacifico. E quando passa perto do continente, você tem praias cobertas de lixo plástico de ponta a ponta.

A bolha plástica atualmente está em duas grandes áreas ligadas por uma parte estreita. Referem-se a elas como bolha oriental e bolha ocidental. Um marinheiro que navegou pela área no final dos anos 90 disse que ficou atordoado com a visão do oceano de lixo plástico a sua frente. ‘Como foi possível fazermos isso?’ - ‘Naveguei por mais de uma semana sobre todo esse lixo’.Pesquisadores alertam para o fato de que toda peça plástica que foi manufaturada desde que descobrimos este material, e que não foram recicladas, ainda estão em algum lugar. E ainda há o problema das partículas decompostas deste plástico. Segundo dados de Curtis Ebbesmeyer, em algumas áreas do oceano pacifico podem se encontrar uma concentração de polímeros de até seis vezes mais do que o fitoplâncton, base da cadeia alimentar marinha.

Todas a peças plásticas à direita foram tiradas do estômago desta ave

Segundo PNUMA, o programa das nações unidas para o meio ambiente, este plástico é responsável pela morte de mais de um milhão de aves marinha todos os anos. Sem contar toda a outra fauna que vive nesta área, como tartarugas marinhas, tubarões, e centenas de espécies de peixes.


É duro ver coisas assim e até imaginar como pode acontecer estas coisas. Isto tudo serve que que possamos repensar nossos valores e principalmente nosso papel frente ao meio ambiente, ou o ambiente em que vivemos. Além de notarmos que com pequenos gestos podemos mudar uma triste realidade e que não somos mais um no processo, mas somos o processo.

Antes de Reciclar, reduza
(escolha produtos com menos embalegens possivel)!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Uma bela visão da crise...

Caros amigos e amigas, olhem só, as oportunidades aparecem com as crises e isto todos nós já ouvimos falar, certo? Estamos acompanhando e vivendo uma das maiores crises financeiras do mundo, ela afetou o emprego, afetou países, empresas e também afetou o meio ambiente.
Recebi esta mensagem poucos minutos atrás e achei que o melhor para mim era divulgar esta 'visão de crise' por Albert Einstein. Poderemos ler e ir 'AVANTE' ou ler e dizer que 'não é para nós'. Mas lembrem-se que nossas vidas são feitas de escolhas e 'ir avante' é uma opção para as pessoas, países e empresas que enxergam as oportunidades nas crises. Tenham uma boa leitura. Tenham uma linda semana e ótimas escolhas...


Albert Einstein e esposa Elsa

"Não pretendemos que as coisas mudem se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar "superado". Quem atribuí à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais aos problemas do que às soluções. A verdadeira crise é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la"

FELIZ DIA MUNDIAL DOS OCEANOS


obs: Neste domingo apesar do frio, estive na praia.
Olhar para o mar faz mto bem... só pra relaxar vale a pena relembrar
os bons momentos na praia com meu filho.

Muitas vezes caminhamos pela praia, ouvimos o barulho do mar, e nem sequer observamos a grandeza do oceano. Mas hoje eu parei. Resolvi sentar de frente ao Mar, simplesmente observá-lo olhando nos olhos com um vento leve e salgado batendo no meu rosto. Olhar o 'mar' com calma é quase uma oração, não é para qualquer um. A água batendo nas pedras, a onda trazendo suas espumas, nos leva a reflexões sobre nossas vidas, nossos destinos, pessoas que se foram, e projetos futuros e lindas lembranças.

Não é a toa que Dorival Caymmi de tanto amar o mar, afirmava que "era doce morrer no mar". Velho mar, que me fez imaginar o quanto antiga é esta paisagem litorânea, e como que tanto efeito estufa, Deus ainda soube informar a ele - o Mar - o momento exato de parar na praia, na areia, sem avançar nas vidas, nas avenidas e nos butecos. Que sabedoria, que fantástico pensei.
O mar traz algo dentro de si que lembra a poesia, lembra a cachaça, o chimarrão, lembra o cheiro daquela esteira antiga que a gente levava para deitar na areia, se lembra? Ahhh mais lembranças... Tinha um cheiro de palha, de uma tristeza doce, de algo guardado esperando pela gente lá no fundo. Quando chegava as férias pegávamos a velha esteira e íamos para a praia. Coisa antiga... não muito tempo. Tinhámos as 'peladas de futebol', as corridas nas dunas...

O mar tem seus encantos, seus deuses, suas lendas. Estive no Rio de Janeiro e vi um mar também imenso, cheio de belezas, mulheres lindas e muitas cores, bem diferente deste mar daqui. Pela manhã abri a janela e fiz uma oração. Ah! Oração frente para o Mar é outra coisa, é olhar a beleza de um Deus amoroso, é tão doce quanto morrer dentro dele, como dizia Caymmi. Mas acredito que o Mar e as ondas (as mais belas dançarinas naturais), não foram feitas para morrer, mas para pensar e refletir. Só que, precisa parar, olhar de frente, ouvir as ondas... tomar o primeiro gole e escrever, o Mar foi feito para sonhar e escrever; enxergar a grandeza de Deus, e dizer: "é doce olhar o Mar... principalmente na praia...".
Tudo isto para dizer o quanto, o Mar Oceano é importante na minha e na tua vida...

FELIZ DIA MUNDIAL DOS OCEANOS


OBSESSÃO DO MAR OCEANO

Olá pessoal, conforme disse, hoje é o Dia Mundial dos Oceanos, compartilho uma poesia de Mário Quintana. E assim vou falando dos bons momentos dos 'oceanos', nossa vida é marcada pela água e aproveito para meditar sobre os lindos momentos que nos mares oceanos vivi a passar. Boa leitura e comemore este dia.
OBSESSÃO DO MAR OCEANO

Vou andando feliz pelas ruas sem nome...
Que vento bom sopra do Mar Oceano!
Meu amor eu nem sei como se chama,
em sei se é muito longe o Mar Oceano...
Mas há vasos cobertos de conchinhas
Sobre as mesas...
e moças na janelas
Com brincos e pulseiras de coral...
Búzios calçando portas... caravelas
Sonhando imóveis sobre velhos pianos...
Nisto,
Na vitrina do bric o teu sorriso, Antínous,
E eu me lembrei do pobre imperador Adriano,
De su'alma perdida e vaga na neblina...
Mas como sopra o vento sobre o Mar Oceano!
Se eu morresse amanhã, só deixaria, só,
Uma caixa de música
Uma bússola
Um mapa figurado
Uns poemas cheios de beleza única
De estarem inconclusos...
Mas como sopra o vento nestas ruas de outono!
E eu nem sei, eu nem sei como te chamas...
Mas nos encontramos sobre o Mar Oceano,
Quando eu também já não tiver mais nome.


Mário Quintana
O Aprendiz de Feiticeiro

domingo, 7 de junho de 2009

O que você faria com R$ 10 bilhões/ano?

O que você faria com R$ 10 bilhões/ano?
O Brasil deixa de gerar esta receita com a 'reciclagem'!
O CEMPRE – Compromisso Empresarial para a Reciclagem – inaugura no dia 9 de junho a exposição “Reciclagem – ontem, hoje e sempre” em Brasília, na Câmara dos Deputados. A mostra acontecerá durante toda a semana do Meio Ambiente, de 9 a 16/6, reunindo 30 painéis de fotos ilustrando os principais processos e agentes da reciclagem, desde seu início no Brasil até hoje.
A iniciativa tem o objetivo de chamar a atenção dos parlamentares para a importância da reciclagem inserida na Política Nacional de Resíduos Sólidos, projeto de lei que tramita no Congresso há quase 20 anos e que deverá voltar à pauta nos próximos dias, com o novo texto do relator, o deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP).
O Brasil consegue reciclar 12% do total das 150 mil toneladas de lixo geradas diariamente nas cidades e municípios, incluindo materiais orgânicos (restos de alimentos e poda de jardinagem), vidro, plástico, papel, borracha e metal. Os outros 88% do lixo ainda seguem para aterros ou lixões, levando junto um potencial de 10 bilhões de reais/ano.
“É o que o país poderia ganhar com a adoção de uma política nacional capaz de estabelecer as diretrizes do reaproveitamento do lixo”, diz André Vilhena, diretor executivo do Cempre, ong que trabalha para conscientizar a sociedade sobre a importância de reduzir, reutilizar e reciclar o lixo.
Segundo Vilhena, a exposição vai chamar a atenção para a reciclagem como indústria de grande potencial econômico, e como solução para os impactos ambientais que o descarte irresponsável do lixo causa ao meio ambiente. “A Política Nacional de Resíduos Sólidos é extremamente relevante para o estabelecimento das normas gerais da destinação do lixo urbano. Uma vez aprovada, ela pode ajudar na criação de um novo mercado, de ciclos produtivos mais eficientes, na geração de mais empregos, e até mesmo na melhoria das relações de comércio do Brasil com o exterior”, diz .

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Meio ambiente: Muito se fala pouco se sabe...

Apesar de cada vez mais preocupado com a questão ambiental, podemos ver que a população ainda não é capaz de relacionar, entre si, os vários temas ligados aos impactos da ação humana sobre o meio ambiente, mantendo certa distância em relação às alterações ambientais já em curso, como aquecimento global, disposição dos resíduos sólidos e a escassez da água potável.

Recentemente uma pesquisa encomendada pelo canal MTV Brasil, “Dossiê – Universo Jovem 4”, apontou que em um ranking de 28 temas sobre assuntos de interesse pessoal, a questão ‘ecologia/meio ambiente’ apareceu na 22ª colocação onde as três primeiras posições são ocupadas por música, esporte e profissão, respectivamente

A preocupação com a ‘falta de água’, é colocada na 16ª posição e ‘escassez de alimentos’ na 24ª. Segundo a pesquisa, os temas voltados para a sustentabilidade ambiental (lixo, água, energia e crimes ambientais, por exemplo) ganharam mais destaque na mídia nacional e internacional nos últimos anos, passando a interferir na economia global e consequentemente no dia-a-dia do jovem.

Mesmo assim, as questões ambientais são tratadas e vistas de forma pontual, “sem relacionar um problema com o outro”.

“A poluição e o lixo são problemas das cidades, o desmatamento só ocorre na Amazônia ou na Mata Atlântica, e o aquecimento global é um problema internacional, que parece ainda não ter chegado ao Brasil. Alguns ainda falam como se o problema não fosse parte de sua geração, como se não fizessem parte desta ‘geração futura’”, completa o dossiê.

Esta pesquisa foi feita com 48 milhões de jovens entre 12 e 30 anos em todas as regiões do país – cerca de 9 milhões nas cidades economicamente mais ativas. O levantamento também foi realizado junto as classes A (5%), B (37%) e C (58%) com pessoas que representam 92% do IPC Índice de Potencial de Consumo no Brasil.

O relatório ressalta também que o aumento da preocupação é perceptível, sobretudo, por conta das informações cada vez mais difundidas nas escolas e mídias, no entanto, a busca por uma postura frente às questões de sustentabilidade ainda “é assumidamente pequena, superficial e, quando captada, dificilmente se transforma em ação”.

O dossiê concluiu que a conscientização do jovem é influenciada tanto pela família, quanto pela formação escolar e a qualidade da informação que consegue absorver. No entanto, independentemente do grau de conhecimento de cada entrevistado sobre o meio ambiente, quando discutida a questão, todos concluem que “a situação é bastante séria e que, daqui a alguns anos, as gerações futuras vão sofrer as conseqüências”.

Diante desse quadro, todos os lados dessa história reclamam: o Planeta que pede mais atenção e cuidados com ele; os professores que só ensinam superficialmente; os estudantes que desconhecem o assunto; a população que reclama do descaso (esquecendo-se de que ela também é culpada); o Governo que pouco ou nada faz para melhorar esse entendimento e, consequentemente, melhorar o futuro do Planeta.


quinta-feira, 4 de junho de 2009

Um oceano de histórias

Eventos no país marcaram a semana do meio ambiente e no dia 5 de junho comemoraremos o “Dia Mundial do Meio Ambiente”, vimos tantas ações verdes tomando conta de nossas atividades. Mas sem o coração AZUL, não há o VERDE.

Deixe eu explicar porque o ‘azul’ é importante. Dia 08 de junho, próxima segunda-feira, é o ‘Dia Mundial dos Oceanos’. A proximidade da data com o dia do meio ambiente não deve ser coincidência, mas o fato é que, cansados de tanta discussão sobre o meio ambiente, a gente termina deixando de lado o dia 08 – e com isso, perdemos uma grande chance de ter mais pessoas conversando sobre o mar.

Milhares podem viver sem amor, mas ninguém pode viver sem água’. Sabemos que os oceanos são o suporte da vida no planeta e que “sem o azul, não há o verde”. Temos acompanhados quase que diariamente noticias que os mares vêm sofrendo um desgaste incomparável nas últimas décadas, com poluição, sobrepesca, aquecimento global, lixo... e uma lista enorme de outros grandes problemas. Quase todos dias escuto/leio/comento/ouço um novo problema envolvendo os oceanos, talvez por viver numa cidade cercada por água, por ser portuária e por muitos anos terem a pesca como o maior produto da cidade. Mas esta ladainha é sempre a mesma. Causa tristeza e sofrimento, confesso.

Quem sabe para mudar um pouco o ritmo desse maremoto de más notícias e mostrar o quão precioso para as nossas próprias experiências de vida o mar é: convido a todos para celebrarem o dia 08/junho de uma forma bem diferente. Podem até chamarem de ‘momentos de viagem coletiva’; mas prefiro chamar de “um oceano de histórias”.

A ‘viagem’ ou ‘um oceano de histórias’ é: cada um conta em sua rede de amigos/blogs/Orkut/mails... uma história/ caso/causo/momento/evento/reflexão que teve em sua vida em que o mar esteve como cenário ou personagem, que usem de forma positiva, bem-humorada, animadora. Uma história pessoal ou seja, o oceano ‘incorporado’ ao individuo. Mas vamos fazer o seguinte: vale tudo, desde um passeio de barco que você curtiu até a primeira vez que viu o mar, um mergulho nas águas do Cassino, uma história de pescador envolvendo o mar. De uma ação para proteger uma espécie em que você tomou parte a um domingo na praia que foi inesquecível para você (aproveite o dia dos namorados). Porque acho que tão importante quanto denunciar/reclamar/choramingar pelos problemas que vemos hoje nos oceanos, é mostrar o quanto ele está perto das nossas experiências pessoais, lembrarmos do quanto ele também faz parte da nossa história de vida. Afinal, a gente cuida melhor daquilo com que nos ‘conectamos’ de alguma forma, não é mesmo? É um exercício quase terapêutico.


Vamos viver nossas histórias sobre o mar/oceano e assim refletir sobre o quanto ele é importante para nossa vida e para a vida das gerações futuras.