
Ao lançar o programa de mudanças climáticas, o nosso presidente Lula interpretou a poluição da seguinte maneira> se a Terra fosse quadrada ou retangular, não haveria problema; como ela é redonda temos de passar embaixo da poluição que é produzida a 14 mil km.
O vídeo fez sucesso na internet. Não sabemos se estava brincando. De qualquer forma, como a imprensa não se deteve, o assunto morreu, é razoável pensar que isto não foi considerado importante.
Logo em seguida Lula anunciou as metas de redução de emissões. Metas ambiciosas que nos enchem de otimismo. Se não entende os mecanismos elementares que regem o planeta e assume metas, podemos contar mais com ele quando se informar desses mecanismos.
Para efeito pedagógico, seria interessante supor que Lula falava sério. E com isto admitir que milhões de brasileiros, como ele, não entendem como se dá o processo de aquecimento global e suas conseqüências.
No Museu do Mar, em Arraial do Cabo, foram instaladas duas telas que mostram alguns mecanismos oceânicos com a ajuda de computadores e animações. Creio que o caminho deva passar por aí.
Não se podem reclamar dos que não sabem. O mais correto é adotar os métodos audiovisuais que ajudem o trabalho didático. A cidade de Teresópolis no Rio de Janeiro vai sediar um festival de cinema dedicado a professores e voltado para o ensino audiovisual.
Também não é preciso reafirmar a importância destes sistemas pedagógicos, mas o processo de comunicação, inclusive o dos jornais, precisa ser repensado. Mapas, animações, tudo deveria ser bem recebido e divulgado.
E agora Zé? Se a Terra fosse quadrada, ou retangular, poderíamos continuar no mesmo ritmo... mas como a Terra é redonda e, o que é pior, ela se move, não há alternativa exceto nos movermos também. Ah... Vamos passar por baixo, Copenhague pode cair na nossa cabeça. Cuidado!
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