segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Chovendo no molhado...


Fiz uma rápida visita as cidades atingidas pelo temporal e enchentes da semana passada para aprender como estamos reagindo às enchentes. É verdade, ainda há muito que estudar.

A chuva que inundou a nossa zona sul mostrou um cenário desolador para região. Ruíram 44 pontes em quatro distritos da área da região de Pelotas, mantendo ilhadas dezenas de famílias. As rodovias BR-392 e BR-116 ficaram bloqueadas em alguns trechos, mas o pior foi às mortes de 14 pessoas e milhares de desabrigados.

Podemos afirmar que a enxurrada foi uma das maiores catástrofes climáticas do Estado.

Tanto em Santa Catarina como aqui no sul do Rio Grande do Sul e em todas as catástrofes que ocorrem no país, o problema é comum: a ajuda federal custa tanto a chegar que só consegue alcançar o próximo desastre. Qual o caminho para superar este problema? Uma das fórmulas é criar um fundo nacional, evitando responder com medidas provisórias cada vez que caem as grandes chuvas.

Mas em nenhum lugar onde houve grandes chuvas vêem-se obras planejadas de prevenção. Uma lacuna: as forças políticas continuam considerando um humanismo lutar para que as famílias continuem morando em lugares perigosos.

Aqui em Pelotas temos uma excelente instituição de ensino, CEFET, com um dos cursos superiores de grande destaque, Curso Superior de Tecnologia em Saneamento Ambiental. Vocês sabem as funções e atribuições de um Tecnólogo em Saneamento Ambiental? O Poder Público dos municípios atingidos pela enchentes e os políticos da zona sul nem fazem idéia do quem sejam esses profissionais, nem que exista um curso aqui, é um absurdo!!!!! (na próxima postagem escreverei sobre quem são os tecnólogos).

Mas voltando ao assunto, no auge das chuvas aqui, foi criado na Polônia um fundo internacional para adaptação das mudanças climáticas. Será gerido pelo Banco Mundial e é uma fonte para planos nacionais.

Onde estão nossos representantes federal e estadual (deputados), que não levantam este assunto em suas atividades parlamentares. Fiquemos de olhos abertos para saber o que eles fazem e ponderemos para as próximas eleições.

Sem governos respeitados e políticos comprometidos, será difícil um plano nacional de adaptação e mitigação. Na verdade, tudo será difícil, pois a maioria acha essa conversa sobre prevenção uma nova versão da ecochatice.

As chuvas de verão são a chance de colocar o problema na agenda. Antes do próximo desastre.

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